OS IMPACTOS DA UTILIZAÇÃO DE TELAS NA PRIMEIRA INFÂNCIA: AS CONSEQUÊNCIAS FRENTE AO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
Resumo
A utilização de telas na primeira infância tem se tornado um fenômeno frequente, cujas consequências para o desenvolvimento infantil têm sido tema de estudos em diversas áreas do conhecimento. Com o avanço das tecnologias digitais, crianças menores de seis anos têm sido expostas de forma intensa a dispositivos como celulares, tablets e televisores, o que impacta diretamente sua saúde física, emocional e social. Este artigo analisa os impactos do uso precoce de telas e as implicações de tal prática sob a perspectiva dos direitos assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A pesquisa inclui uma revisão de literatura e a análise de dados recentes sobre o tempo de exposição e os efeitos dessa interação, abordando as consequências para o desenvolvimento cognitivo e comportamental, a saúde mental e o vínculo familiar. A partir dos princípios e diretrizes estabelecidos pelo ECA, discute-se como a exposição excessiva às telas pode violar os direitos fundamentais da criança, especialmente o direito ao desenvolvimento pleno e saudável. Conclui-se com recomendações sobre políticas públicas e o papel dos responsáveis e educadores na regulamentação do tempo de tela para proteger o bem-estar infantil.
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